Os períodos de maré baixa trazem um novo elemento para o cenário da Ponta da Praia, em Santos. Trata-se dos destroços do navio Recreio, embarcação que encalhou na região do Canal 6 em 1971, após um forte temporal. Passados 44 anos do ocorrido, uma solução para a retirada total do navio do local ainda não foi encontrada.

Como medida paliativa, sempre que a maré está baixa e os destroços surgem, o Corpo de Bombeiros isola e sinaliza a área para evitar acidentes e garantir a segurança dos banhistas. O que ainda resta do navio, porém, está consumido pela ferrugem, o que alerta para possíveis danos à balneabilidade da praia e, consequentemente, para a saúde de quem frequenta o local.

A estimativa é de que ainda deva haver um metro e meio do casco da embarcação no subsolo da praia. A última retirada de destroços ocorreu em 2006, quando cerca de seis toneladas de metal enferrujado foram removidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), Terracom e Defesa Civil. Há ainda a preocupação de que possa haver resíduos de óleo no interior dos destroços. Resta aos banhistas que frequentam essa área da praia apenas o alerta sobre os cuidados necessários para que não se machuquem.