Mais de 17 milhões de brasileiros moram em regiões que não possuem qualquer tipo de coleta de lixo. A informação faz parte do diagnóstico de resíduos sólidos, divulgado pelo Ministério das Cidades na última terça-feira (16). A atualização dos dados do Sistema Nacional de Informação de Saneamento (SNIS) é referente ao ano de 2014.

Apesar do déficit de atendimento ser ainda muito grande – 17,3 milhões, os dados do estudo mostram que a quantidade de casas atendidas por serviços de coleta regular de lixo aumentou. Entre os anos de 2013 e 2014, 700 mil pessoas passaram a ser atendidas pela coleta.

A Zona Rural e os pequenos municípios enfrentam a pior situação. O diagnóstico estima que 47% da população rural do Brasil não tem acesso a nenhum tipo de coleta de lixo, esse dado representa um total de 14,7 milhões de pessoas.

A coleta seletiva é outro problema verificado no estudo. Apenas 1.322 municípios brasileiros contam com o serviço. Um número muito pequeno, visto que a coleta seletiva é essencil para a reciclagem e reutilização de produtos e materiais. Há no Brasil 5.561 municípios, assim em apenas 23% das cidades a reciclagem é uma realidade.

De acordo com o Sistema Nacional de Informação de Saneamento, o País está distante de uma economia circular, na qual os resíduos descartados são reaproveitados e transformados em novos produtos e o lixo não reciclado destinado a aterros sanitários. Os dados mostram que cada brasileiro produz, em média, 1 quilo de lixo por dia. Ou seja, são 365 quilos de lixo produzidos por ano. Desse número, porém, apenas 7 quilos por pessoa foram reciclados em 2014.


Foto: Prefeitura de Belém/Divulgação

Fonte: Blog do Planeta/Época