gastos-globais-subsidios-combustiveis-fosseis-560Enquanto o mundo da ciência alerta que, se não houver redução na emissão de dióxido de carbono na atmosfera as consequências para o planeta serão desastrosas, levantamento divulgado no dia 18/05 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que os gastos públicos globais com subsídios ao setor energético (combustíveis fósseis) em 2015 chegaram a US$5,3 trilhões de dólares.

O valor representa 6,5% do PIB mundial. A quantia é superior ao investimento internacional feito no setor de saúde, em 2013, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a entidade, a saúde recebeu 6% do PIB global.

Para os autores do estudo apresentado pelo FMI, os prejuízos provenientes do subsídio aos combustíveis fósseis não são somente ambientais. Eles também comprometem seriamente a economia dos países, aumentam a desigualdade social e ainda provocam milhares de fatalidades.

Estima-se que 1,6 milhão de mortes prematuras poderiam ser evitadas anualmente se governos do mundo todo parassem de subsidiar a energia.

O documento aponta como universais e perversos os subsídios, já que atingem economias ricas e pobres. Os países emergentes da Ásia são os que aparecem no topo da lista, representando mais de 50% do total computado. Todavia, em termos absolutos, é a China que fornece mais subsídios ao mercado dos combustíveis fósseis (US$2,3 trilhões), seguida pelos Estados Unidos (US$699 bilhões), Rússia (US$335 bilhões), Índia (US$277 bilhões) e Japão (US$157 bilhões).

O valor calculado pelo FMI em 2015 é mais que o dobro do que foi projetado em 2011 – US$ 2 trilhões. O estudo define como subsídios a diferença paga pelo consumidor pela energia com o seu valor real. Este preço real inclui os custos com abastecimento e, principalmente, os prejuízos causados à população e ao meio ambiente, provocados pela poluição do ar e o aquecimento global.

Os pesquisadores do FMI citam a iniciativa positiva de alguns países que já decidiram mudar a política de subsídio aos combustíveis fósseis. Em outubro do ano passado, o governo da Índia liberou o preço do diesel e limitou a interferência no valor do gás liquefeito de petróleo (GLP). Ainda segundo eles, a economia global só teria a ganhar ao praticar o custo real dos combustíveis fósseis. Governos locais conseguiriam reduzir as desigualdades econômica e social e garantir sua saúde financeira.

Fonte: Portal Planeta Sustentável
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